Juliano Flávio
O avô, o pai que se foram
O tio que falecera
A mãe que um dia irá...
O cheiro da infância
O leite, o choro, a criança
Há sempre aquela lembrança.
Ai! Que saudade.
Mas como dói!
Outras, quando se acorda,
Há sempre aquela lembrança.
O dia transcorre
Carros e pessoas passam
Sinais, faturas, corredores
Há sempre aquela lembrança:
O beijo amado.
Quando se tem um momento,
Há sempre aquela lembrança.
Reflete a ausência presente em ti
Corrói e acaricia a alma
Mosaico de carinho,
Tristeza, fome e desejo.
Há sempre aquela lembrança.
Memória do dia anterior e do porvir.
Lembrar daquilo que fora
e daquilo que virá: estranho!
Ai! Que saudade.
Mas como é bom!